Após um dia de mobilização dos servidores municipais na assembleia geral promovida pelo Sindseps e diante da cobrança incisiva da diretoria da entidade para que a Prefeitura retomasse as negociações da Campanha Salarial 2019, uma nova reunião aconteceu, na tarde desta quarta-feira (04), na Secretaria Municipal de Gestão (Semge).
Com a movimentação da categoria, a gestão municipal moveu-se da inércia negocial que tem causado prejuízos diversos aos nossos colegas. Alegando ainda não conhecer os números do 2° quadrimestre fiscal da Prefeitura, o representante da Semge mais uma vez não apresentou qualquer indicativo de percentual para reajuste salarial. A perspectiva negativa aproxima-se neste cenário de incertezas protagonizado pelo prefeito.
Apesar dessa negação em relação ao reajuste salarial, a diretoria do Sindseps manteve a firmeza e apresentou as demandas reprimidas que continuam sem a devida solução por parte do prefeito, como por exemplo, a avaliação de desempenho e de competência. Outras situações também foram cobradas novamente: a mudança de carga horária para servidores agentes de suporte operacional, técnicos e administrativos para 40 horas e o reajuste abusivo do plano de saúde dos servidores.
Para o coordenador geral do Sindseps, Marcelo Rocha avaliou a reunião como importante pelo ponto de vista da mobilização. Segundo ele, a participação do servidor e as decisões da última assembleia fizeram com que a Prefeitura não continuasse apostando no esvaziamento da luta. “Tivemos boa participação dos colegas dos diversos órgãos na assembleia geral e isso foi notado pela gestão municipal. Isso mostra que precisamos ampliar a presença e fortalecer nossas trincheiras. A luta de classes exige posicionamento e coragem. Transformar a próxima assembleia em um mar de gente pela cidade é necessário e urgente para mostrar que estamos indignados verdadeiramente”, apontou Rocha.
Comentando sobre as discussões realizadas na Mesa de Negociação, o coordenador geral foi enfático em afirmar que a Prefeitura precisa apresentar posições concretas e abrir mãos de subjetividades para lidar com a Campanha Salarial. “A Secretaria da Fazenda não apresentou os números do quadrimestre fiscal e isso não é surpresa. O roteiro traçado pelo prefeito mostrava isso até esse mês. Se cada reunião terminar na marcação do próximo encontro para tratar os temas de forma subjetiva e passado ao largo, não nos parece salutar para protagonizar uma negociação de interesse de milhares de trabalhadores e trabalhadoras”, finalizou.
A próxima assembleia geral acontece no dia 11 de setembro (quarta-feira), a partir de 08h, na frente da Semge (Av. Vale dos Barris). O ato reafirma a paralisação de 48 horas prevista para iniciar no dia deste encontro da categoria.
Vários diretores do Sindseps estiveram presentes em defesa de demandas específicas das várias profissões do serviço público municipal demonstrando a pluralidade de atuação da entidade. “Viemos e pudemos cobrar várias pendências das diversas campanhas salariais, além de cobrar que a Prefeitura possa encaminhar soluções ou informar andamentos de situações que interessam aos agentes de suporte operacionais e os nossos aposentados. Precisamos de repostas e soluções. Não seremos vencidos pelo cansaço ou pelas ferramentas negociais treinadas pelos gestores. Aqui se faz luta de verdade”, afirmou a diretora Iana Melo.