Manter veículos em perfeitas condições de uso para a atividade de segurança é premissa das corporações que laboram com este tipo de serviço especial. As viaturas são ferramentas de preservação da vida e portanto precisam ter rápidas respostas no seu uso. A garantia da ordem pública e da sensação de segurança são passadas com a presença deste veículo nas vias da cidade.
Como todo veículo automotivo, a viatura precisa de manutenção preventiva e corretiva (quando houver necessidade). Essa responsabilidade cabe ao órgão que deve tomar medidas cabíveis para o bom funcionamento dessas ferramentas, ressaltando o zelo e as informações prestadas pelos seus condutores.
Para conceituar aos responsáveis pela operacionalização da Guarda Municipal de Salvador, podemos dizer que manutenção preventiva é a verificação realizada para reduzir ou evitar falhas ou queda de desempenho, que compreende um planejamento em intervalos definidos de tempo. Deve-se ainda propor parâmetros de desempenho da viatura e seus equipamentos, de modo sistemático, visando definir a necessidade ou não de intervenção.
Essa inspeção deve ser planejada e rotineira, pois a manutenção é sempre oportuna, com vistas ao bom funcionamento da atividade de segurança a qualquer tempo. Essa responsabilidade é devida aos postos de gerenciamento e à alta chefia, que devem delegar e cobrar resultados, para que não aconteçam situações vexatórias como estão sendo veiculadas na imprensa e na redes sociais, onde viaturas sofreram panes mecânicas e elétricas que impediram o seu funcionamento.
A diretoria do Sindseps, na manhã desta sexta-feira (05) esteve na sede da GMS. A intenção foi exigir garantias de plenas condições de circulação para as viaturas da corporação. Além disso, também foi pedida a certificação dos dispositivos de GPS (Sistema de Posicionamento Global) para que falhas do bloqueador não imobilizem os veículos sem motivação. Se não houverem afirmativas neste sentido, que estes equipamentos de bloqueio sejam retirados e ativados somente com as devidas atualizações.
Para o diretor Marcelo Rocha que esteve acompanhado do também diretor Valnisio Oliveira durante a reunião, na sede da GMS, o zelo dos condutores diminui as possibilidades de danos aos veículos. Apesar disso, o dirigente diz que a necessidade de manutenção tem sido esquecida pelos postos gerenciais da Guarda Municipal. “Mesmo em situação precária e sem a devida recompensa pelo seu trabalho, os condutores zelam pelas viaturas. Isso diminui o desgaste dos veículos. Enquanto isso, as altas chefias não se preocupam com esses trabalhadores, nem mesmo, com as viaturas e com a operação e imagem da instituição na cidade”, declarou Rocha.
“Não há como aceitar como um incidente, que uma guarnição policial fique imobilizada em uma situação de conflito, por conta de falhas mecânicas ou panes em um sistema de GPS. A vida do guarda municipal está vulnerável por conta da falta de capacidade gerencial na corporação. Isso tem que acabar e vamos continuar exigindo que este cenário seja modificado, nem que para isso, seja necessário que uma ‘manutenção corretiva’ nestas ‘peças’ que não estão funcionando e prejudicando as engrenagens da Guarda Municipal de Salvador”, concluiu de maneira irônica, o diretor sindical.
A diretoria do sindicato aponta ainda, os equívocos na aquisição dos veículos que atualmente servem à corporação. O modelo não é sugerido por especialistas para a atividade de segurança pública, o que aumenta ainda mais, a necessidade de mudanças na frota.
Uma nova reunião com a Superintendência foi marcada para a próxima segunda-feira (08). Na ocasião, os diretores do Sindseps pretendem obter respostas mais pontuais para as demandas apresentadas.