Medo, insegurança e o temor de contágio pelo coronavírus. A cena se repete em mais uma unidade de saúde da capital baiana. Desta vez, o risco potencial está na Unidade Básica de Saúde (UBS) Professor José Mariane, conhecido como 7° Centro, no bairro de Itapuã.
Além da falta de equipamentos de proteção individual (EPI’s) adequados para a proteção diante de uma doença de altíssima letalidade, os servidores municipais reclamam da exposição a que estão sendo submetidos em locais possivelmente contaminados. Alegando que uma colega teria testado positivamente para o novo coronavírus, trabalhadores da UBS Professor José Mariane exigem testagem pessoal e descontaminação das instalações.
Motivados pela falta de acolhimento das queixas por parte da gestão municipal, os trabalhadores da UBS reuniram-se na manhã desta quarta-feira (22) para buscar alternativas de proteção individual e coletiva, visto que fora estabelecida exigência de manter o atendimento aos usuários da unidade.
“O risco de contágio é latente. Precisamos ter a segurança sanitária de que as unidades de saúde não estejam sendo colônias contaminantes. O atendimento em saúde na pandemia deve ser baseado em protocolos rigorosos e qualquer ameaça biológica deve ser investigada para que trabalhadores e população não sejam vítimas. Isso é biossegurança e somente um esforço conjunto pode enfrentar esse inimigo letal”, disse o coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura (Sindseps), Bruno Carianha, ao comentar a situação das unidades de saúde da capital baiana.