A diretoria do Sindseps participou nesta quarta-feira (17) de uma reunião com servidores lotados nas UPA’s (Unidades de Pronto Atendimento), onde os trabalhadores e trabalhadoras questionavam a postura da gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em relação aos profissionais.
Foram vários os reclames de assédio moral e perseguição contra os servidores, muitas situações causadas pelo tiranismo de administradores que utilizando-se de sua posição hierárquica cometem desmandos e tentam diminuir a figura dos trabalhadores.
Demonstrando a coragem de enfrentar essas irregularidades, os diretores Bruno Cruz e Everaldo Braga juntaram-se aos servidores, e realizaram a reunião no pequeno auditório no sétimo andar da SMS. Não houve qualquer tipo de impedimento, pois assim como, a condução dos trabalhos naquele órgão, o prédio está praticamente abandonado e com condições precárias de uso.
“A secretaria está sem comando literalmente”, disse Everaldo Braga que buscava informações sobre a agenda da gestora municipal da saúde para encaminhar as demandas dos servidores. Após insistentes cobranças do dirigente sindical sobre o paradeiro da secretária, obteve-se a resposta de que a mesma estaria viajando. Da mesma forma, a sub-secretária também não foi encontrada, e também estaria em viagem.
“Não podemos admitir que ao final de uma gestão, a cidade esteja sem comando, a sua administração sem controle. O que poderá esperar o próximo prefeito? Um órgão extremamente vital para o cidadão está sem as suas principais figuras da direção. Esse descaso e abandono é visto em toda a cidade. Estão dando pouca importância para a vida de trabalhadores e trabalhadoras que cuidam da saúde do cidadão”, enfatizou Braga.
Questionado sobre as próximas ações do sindicato para defender os servidores municipais lotados nas UPA’s, Bruno Cruz disse que a gestão deve ser acionada judicialmente para cumprir os dispositivos legais referentes aos vencimentos dos servidores, bem como, os acordos firmados relacionados à postos de trabalho. “Deveremos continuar buscando o diálogo, mas o que temos visto é a falta de vontade da gestão em cumprir o que manda a lei. Não vamos aceitar sob nenhuma hipótese que ainda existam casos de perseguição ao trabalhador do serviço público. O assédio moral será combatido na Justiça, e o nosso filiado sabe que pode contar com a força de nossa luta”, afirmou.