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A luta contra o racismo institucional continua firme nas ações do Sindseps. Repudiar e combater esse ato danoso ao indivíduo é um compromisso assumido pela diretoria da entidade.
Sendo fiel ao discurso de realizar ações concretas para eliminar o preconceito racial e qualquer outra prática de assédio moral ou sexual, a direção do seu sindicato esteve acompanhando a servidora municipal Lua Morena, em uma audiência na Secretaria Municipal de Reparação (Semur), na manhã desta terça-feira (1º).
O caso que mobilizou a comunidade do Alto das Pombas e a direção do Sindseps ganhou repercussão no serviço público. Diversas manifestações de apoio foram publicadas em redes sociais, na sua maioria, em repúdio a este abuso contra a pessoa humana. Lua Morena é médica concursada lotada na unidade de saúde do Alto das Pombas.
Várias instituições estiveram representadas nesta reunião ao lado da servidora municipal. Além do total respaldo da direção do Sindseps, a médica Lua Morena teve o apoio da Associação dos Médicos da Bahia; Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed); Conselho Municipal de Saúde de Salvador (CMSS) e Grupo de Mulheres do Alto das Pombas. A Câmara Municipal esteve representada pelos vereadores Gilmar Santiago (PT) e Sílvio Humberto (PSB) e representações dos mandatos do vereador Hilton Coelho (P-Sol) e Vânia Galvão (PT).
Durante a reunião ficou decidido que a acusação de racismo institucional será apurada pela Semur, que tomará medidas cabíveis no âmbito da administração municipal. Não foi estabelecido prazo para finalização da apuração por parte da secretaria. Na esfera jurídica, a servidora municipal tem o direito ao procedimento de queixa-crime para incriminar os autores do alegado crime.
Para o diretor do Sindseps, Josué Santana, que acompanhou a médica Lua Morena, durante a audiência na Semur, a entidade disponibilizará o apoio necessário para o prosseguimento do devido processo legal por parte da servidora. “Nosso sindicato está junto na luta iniciada pelas mulheres do Alto das Pombas. A defesa de Lua Morena é a defesa do servidor municipal e da cidadã. Não se pode falar em respeito e liberdade, quando uma mulher é ultrajada no seu local de trabalho, principalmente por defender melhores condições para a comunidade em que convive diariamente”, enfatizou Santana.
Comentando o fato após a reunião, o coordenador geral do Sindseps, Bruno Carianha, também foi incisivo em afirmar que atos de agressão aos servidores municipais terão resposta imediata do sindicato. “Nosso departamento jurídico está sempre mobilizado para defender os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. Quando qualquer filiado sentir que sofreu agressão moral ou física, a entidade estará a postos para proceder com as medidas necessárias para sanar o dano causado”, declarou Bruno.
