Mesmo diante da vigilância da seção baiana do Ministério Público do Trabalho (MPT/BA), a Prefeitura de Salvador continua incorrendo na prática antissindical contra os representantes dos servidores municipais. O caso mais recente foi o impedimento de diretores do Sindicato dos Servidores da Prefeitura (Sindseps) de adentrarem nas dependências da Controladoria Geral do Município (CGM), localizada no centro da capital baiana. Os sindicalistas estavam buscando informações acerca da demissão do servidor Raimundo Pereira Júnior. Lotado na Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), o auditor fiscal teve seu desligamento publicado na edição da última sexta-feira (18) do Diário Oficial. Na manhã desta segunda-feira (21), servidores da Sefaz realizaram um protesto solidário onde pediam a readmissão do colega.
A conduta antissindical da Prefeitura de Salvador causou indignação nos dirigentes do Sindseps e do Sindicato dos Fazendários do Município de Salvador (Sindifam) que foram ao local para cumprirem suas obrigações de representar os direitos dos filiados. Segundo o diretor do Sindseps, Bruno Carianha, a repulsa foi maior pelo fato de terem sido colocados guardas civis municipais para cumprirem tal ordem de impedir o trabalho sindical. “A elite política atrasada julga que a força de segurança pública municipal deve servir aos seus caprichos. O que vimos aqui foi a clara tentativa fascista de colocar trabalhadores em conflito para o deleite sádicos dos gestores. Os guardas civis municipais em serviços são meus colegas de corporação e, além disso, na posição de dirigente sindical, minha missão principal é defendê-los também. Aposta errado que acredita que entraremos em confronto com nossos irmãos, mas nosso trabalho tem que ser feito para garantir direitos de todos e todas. Essa conduta bizarra não vai prosperar no serviço público municipal de Salvador. Nós iremos às últimas consequências para mostrar a verdadeira face dessa gestão municipal”, disparou Carianha.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que os sindicalistas do Sindseps e Sindifam são impedidos de entrarem nas dependências da CGM. O órgão fica localizado no Edifício Oxumaré, nas proximidades do Largo de São Bento. Em uma transmissão ao vivo, o sindicalista Bruno Carianha detalhou como teriam sido barrados e as ordens emanadas diretamente pelo titular daquele departamento de controle interno subordinado diretamente ao gabinete do prefeito. “Buscaremos os órgãos fiscalizatórios para noticiar essa prática contumaz de gestores da Prefeitura de Salvador. Essas pessoas não têm comprometimento com a coisa pública e tratam o serviço público ao seu bel-prazer. Afrontam a impessoalidade e a transparência que são princípios da Administração Pública. São esses personagens que disparam ordens estúpidas, corrompem e são corrompidos, mas quando são enfrentados pela lisura e ética do trabalho dos servidores, utilizam a perseguição e a demissão como formas de punir quem ousou mostrar suas incorreções contra o erário”, concluiu Carianha.
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