O Solar Boa Vista foi palco de mais um momento de mobilização do servidor municipal de Salvador. O local que já foi residência do poeta Castro Alves serviu para o grito libertário dos servidores não-docentes da educação.
Dezenas de trabalhadores e trabalhadoras compareceram ao encontro setorial. Na ocasião, a direção do Sindseps cobrou providências da Secretaria Municipal de Educação (Smed) em relação aos casos de assédio moral nas unidades escolares da rede pública.
Os relatos estarrecedores de agressões morais e imposições cometidas contra esses servidores municipais fez com que o sindicato providenciasse apoio jurídico para os trabalhadores vitimados.
Durante o ato em frente a Smed, a servidora Mayane de Souza relatou a perseguição sofrida por conta de sua participação em mobilizações da categoria. “Tive descontos absurdos em meus salários. Nossa remuneração é insuficiente e ainda sofri com essa retaliação. Fui ‘devolvida’ para a CRE (Coordenação Regional de Educação) com a recomendação de que fosse enviada para outra unidade. Esses desmandos foram cometidos na Escola Epaminondas Bebert, na comunidade de Pernambués”, afirmou Mayane.
A decisão de ajudar a resolver a situação da servidora municipal fez com que os participantes caminhassem até o Anexo 03 da Smed, onde a diretoria do sindicato exigiu do setor de Gestão de Pessoas providenciasse ressarcir os valores devido à Mayane de Souza. A pressão foi eficaz e houve a garantia de pagamento na folha do mês de abril/14. “A gestão municipal só tem se comportado igual a ‘feijão duro’. Só vai na pressão”, ironizou o diretor do Sindseps, Everaldo Braga.
Os servidores “não-docentes” da Smed estão mobilizados para a assembleia geral que acontecerá no próximo dia 24, às 09h, no Largo do Campo Grande. A expectativa em relação ao Plano de Cargos e Vencimentos deixa a categoria em alerta.
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