Agentes de fiscalização lotados na Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) realizaram assembleia setorial, na manhã desta sexta-feira (30), em frente à sede da Limpurb, às margens da BR-324, no trecho do Porto Seco Pirajá. O ato foi chancelado pelo Sindicato dos Servidores da Prefeitira de Salvador (Sindseps) em apoio à Associação de Servidores da Semop (Assesp).
Os trabalhadores que atuam no ordenamento do comércio informal em feiras livres, mercados municipais e operações de fiscalização no combate à pandemia na cidade, ainda aguardam respostas por parte da gestão municipal acerca da imunização contra o novo coronavírus.
Temerosos diante da possibilidade de contaminação, os servidores alegam que as condições de biosseegurança não estão sendo observadas pelo órgão durante as atividades protagonizadas pela categoria nas aglomerações que são recorrentes nos ambientes de atuação.
Além da negativa na vacinação, outras observações foram feitas relacionadas com a biossegurança, como por exemplo, a quantidade de ocupantes em veículos e deficiência na oferta de equipamentos de proteção individual.
A capital baiana tem cerca de 246 (duzentos e quarenta e seis) agentes de fiscalização para atuar em toda a cidade nas diversas ações de ordenamento promovidas pela Prefeitura de Salvador. Além deles, outros servidores que atuam em atividades internas também participam das atividades externas para compor as equipes em operações como forma de suprir as carências do quadro escasso.
Na assembleia restou decidido pelos servidores do órgão que não serão realizadas atividades de fiscalização neste final de semana. Além disso, a categoria iniciará uma operação padrão, na próxima segunda-feira (03), permancendo em serviços internos. Na próxima sexta-feira (07), um novo encontro setorial avalia um indicativo de greve. O ato acontecerá na frente da Câmara Municipal. “Caso a demanda não seja atendida poderemos sim, paralisar os trabalhos até que a Prefeitura de Salvador garanta a biossegurança dos trabalhadores que estão perdendo a batalha da vida para a covid nas operações sem planejamento logístico e operacional. Estamos sendo tratados como segunda classe no quadro de trabalhadores do município e expostos de maneira irreaponsável pela gestão. Isso acaba agora com nosso grito de repúdio e reforço na mobilição”, declarou o diretor do Sindseps, Alex Mendes.