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Os enfermeiros e técnicos de Enfermagem lotados no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) resolveram iniciaram greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante assembleia realizada na manhã desta terça-feira (01), na base descentralizada do órgão, no bairro do Pau Miúdo.
A pauta de reivindicações da categoria ainda não foi apreciada pela gestão municipal. Essa negativa causa indignação e revolta nos trabalhadores e trabalhadoras, que denunciam as péssimas condições de trabalho, além do tratamento discriminatório ofertado pela Prefeitura, no que diz respeito ao pagamento de gratificações financeiras.
A falta de diálogo por parte da Prefeitura Municipal foi criticada pelo diretor do Sindseps, Everaldo Braga. Para o dirigente, a administração deveria compreender a necessidade de cumprir o princípio da isonomia para com os trabalhadores. Além disso, o sindicalista aponta que a gestão não tem zelo pelo dinheiro público. “Os profissionais do SAMU integram equipes de atendimento, mas os gestores municipais preferem privilegiar apenas os médicos em detrimentos dos demais trabalhadores. Queremos tratamento igualitário e valorização de todos. Nosso temor é a falta de comprometimento com a coisa pública. Parece não haver interesse em cumprir legislações e respeitar os enfermeiros e técnicos de Enfermagem”, disparou Braga.
“O trabalho dos anjos do asfalto sempre é utilizado como peça publicitária da gestão municipal. O êxito das ações desses trabalhadores acontece pela capacidade técnica e pelo dom divino. A valorização é negada pela Prefeitura e ainda somos discriminados por conta da profissão que escolhemos pela nossa vocação”, afirmou Braga, que também é profissional de Enfermagem.
Os profissionais também alegam o péssimo estado das ambulâncias que são utilizadas para os atendimentos. Vários veículos novos estão estocados no pátio em meio à vegetação e sofrendo a ação predatória do clima. Carros novos que apresentaram defeitos e que foram colocados em manutenção, mas que não foram mais disponibilizados para atender aos usuários. “Temos um estacionamento repleto de unidades móveis de atendimento sucateando ao sol e na chuva. O crime contra a vida está configurado, pois esses carros poderiam estar sendo usados para salvar pessoas. O dinheiro público está sendo destruído no meio do mato”, declarou o diretor do Sindseps, Josué Santana.
Logo após a assembleia, os funcionários do SAMU saíram em caminhada até o Largo do Tamarineiro, onde fizeram um ato com a participação da população. A ação protagonizada pelo Sindseps foi aplaudida pelos transeuntes e motoristas que passavam pelo local. Os técnicos e enfermeiros cantaram o Hino Nacional Brasileiro para terminar o protesto.
Uma nova assembleia foi definida para acontecer na próxima quinta-feira (03), às 08h, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Adroaldo Albergaria, no bairro de Periperi, no Subúrbio Ferroviário. Nesta quarta-feira (02), a participação no Desfile da Independência da Bahia será a principal atividade da mobilização da categoria.
