A representatividade dos servidores municipais tem a marca forte do Sindseps. O respeito por este nome histórico alcança distâncias e virou referência local e fora dos limites da capital baiana.
Zelando por esta missão de defender os interesses de nossos guerreiros e guerreiras, a direção do seu sindicato esteve reunida com representantes da gestão municipal, na tarde desta quinta-feira (14). Na pauta, as demandas mais urgentes e esperados pelos trabalhadores e trabalhadoras.
Pontuando cada interesse específico das diversas categorias, os nossos diretores foram enfáticos em afirmar, que sempre buscarão o diálogo e a ação administrativa para resolver diversas pendências, que são de responsabilidade da gestão para o fiel cumprimento. Além disso, esgotados esses recursos, a Justiça poderá ser o caminho utilizado para fazer valer nossas conquistas.
Agentes de saúde – A cobrança pelo imediato pagamento do Piso Salarial Nacional foi tema da primeira abordagem durante a reunião. O representante da Semge alegou que a administração aguarda a publicação de uma portaria ministerial prevista no texto da lei que aprovou esta matéria de interessa da categoria.
Atentos às tentativas da gestão de não pagar o Piso Salarial de maneira imediata, os representantes do Sindseps demonstraram que não há necessidade de aguardar tal publicação para iniciar este pagamento. Além disso, os diretores Edna Maria, Rogério Dantas, Enádio “Careca” e Nildo Pereira foram enfáticos em afirmar que, mesmo com a alegada dificuldade financeira, a categoria continuará perseguindo esta conquista. Este entendimento deve continuar valendo nas próximas rodadas de negociação, desta vez, envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
“Deveremos aumentar a mobilização da categoria. Os agentes de saúde terão todo o apoio do Sindseps nesta batalha. Enxergamos obstáculos que serão colocados à nossa frente. Percebemos que somente com a unidade na luta é que teremos o Piso Salarial Nacional. Se preciso for, vamos reiniciar nossa peregrinação para fazer valer essa conquista. Nossas ações serão responsáveis e sempre respeitadas, pois não teremos condutas individualistas. Defenderemos o interesse coletivo”, disse Edna.
As condições de trabalho dos agentes de saúde também constaram da reunião na Semge. Para o diretor Enádio “Careca”, essa situação complica ainda mais a vida no campo de trabalho. “Estamos sempre zelando pela saúde coletiva na cidade, mas, em contrapartida, não são oferecidas as mínimas possibilidades de exercer essa missão com dignidade. Fardamento deficiente, mochilas pesadas e danificadas, equipamentos precários e nem mesmo, a valorização garantida por lei é oferecida. Alertamos para este descaso e exigimos providências da gestão”, disparou “Careca”.
Guardas municipais – Com a aprovação do Estatuto das Guardas Municipais, a pauta entregue para discussão na Mesa Permanente de Negociação Setorial da categoria foi estendida. Diversos itens foram acrescidos além daqueles apontados nas diversas assembleias realizadas na sede do órgão.
Fardamento, armamento, porte de arma, viaturas, instalações físicas e outras questões estruturantes foram apresentadas pelos diretores do Sindseps para o titular da Semge. Situações de natureza gerencial também foram demonstradas como danos ao bom funcionamento da instituição e sua imagem perante os integrantes da corporação e na sociedade.
O próximo passo será na reunião da MPN setorial que deverá contar com a participação de representantes da gestão da Superintendência, que deverá apresentar esclarecimentos quanto aos fatos apontados pelos diretores do seu sindicato.
“Acredito que um novo marco vai se estabelecer na Susprev. Com a aprovação do Estatuto das Guardas Municipais, a luta da “Força Azul-Marinho” tem parâmetros para nortear sua ação. Agora podemos apontar com muito mais precisão, onde, quando e como acontecem os erros gerenciais que prejudicam nosso trabalho nas ruas. Queremos mostrar também que temos homens e mulheres capazes de alavancar o crescimento desta instituição honrada”, avaliou o diretor Bruno Carianha, que esteve acompanhado do também diretor Sérgio Saturnino.
SAMU 192 – A situação dos “Anjos do Asfalto” também mereceu destaque durante a reunião. A pauta de reivindicações da categoria foi apresentada. Dedicados a defender os interesses desses trabalhadores e trabalhadoras, os diretores do Sindseps demonstraram que a mobilização realizada no mês de julho desta ano, foi necessária para mostrar as reais condições do serviço na capital baiana.
O diretor Everaldo Braga defendeu a categoria ao afirmar que os profissionais de Enfermagem merecem valorização pelos trabalhos reconhecidos pela sociedade. Lembrou ainda que as estruturas do SAMU 192 são deficientes e impedem o digno exercício das diversas funções que compõem o serviço em Salvador. “Reafirmo que somos leais à cidade e comprometidos com nosso labor. Tenho caminhado junto com esses anjos e sei das dificuldades enfrentadas por cada um. Para oferecer melhores serviços à população, nós fomos mais uma vez, sacrificados, ou com a permanência do descaso ou com a covardia do corte de ponto”, declarou Braga, que fez questão de afirmar que cada caso que porventura chegue ao conhecimento do sindicato será alvo de intensa defesa.
Transalvador – Uma situação inquietante mereceu atenção durante a reunião desta tarde, na Semge. O diretor Helivaldo Alcântara “Alemão” fez questão de apresentar a situação dos prestadores de serviços (PS’s) na autarquia de trânsito e transportes da capital baiana.
Demonstrando grande preocupação com esses trabalhadores e trabalhadoras, “Alemão” solicitou ao representante da gestão municipal, que fosse sensível em relação a situação desses funcionários que dedicaram parte de suas vidas para o órgão. “Não podemos descartar essas pessoas sem reconhecer a dedicação e o empenho pela Transalvador em diversos momentos da história. Não vou poupar esforços para garantir que tenham dignidade e sejam respeitados, pois são pais e mães que não podem ser jogados ao vento do desemprego e da falta de esperança”, disse.
Falando sobre a PEC dos Agentes de Trânsito aprovada recentemente no Congresso Nacional, o diretor do Sindseps cobrou da gestão que interaja com a autarquia para que o órgão seja reformulado e revitalizado, de maneira a atender o que exige a matéria aprovada depois de muita luta protagonizada pela categoria.
Margem consignada – A diretoria do Sindseps cobrou dos representantes da gestão municipal, uma reavaliação do sistema para permitir que os servidores possam utilizar os percentuais para margem consignada.
Os erros do sistema adotado recentemente pela administração ainda prejudicam a participação nos diversos programas de atendimento ao servidor, bem como, a utilização de sua margem para operações financeiras. O entendimento da diretoria do sindicato é de que o trabalhador é quem determina de quem forma deve usar o seu salário dentro dos limites estabelecidos corretamente.
” Estamos apontados diversas falhas e vícios operacionais do novo sistema, para que sejam corrigidos e não mais sejam prejudiciais ao servidor municipal. Essa preocupação foi externada depois de vários reclames feito ao nosso sindicato e não poderíamos deixar que um programa adquirido com recursos públicos seja insuficiente ou tenha falhas recorrentes em seu funcionamento”, reclamou o diretor Valnísio Oliveira.
Uma próxima reunião será convocada para apresentar as respostas iniciais aos questionamentos feitos por meio de ofícios protocolados na Semge e entregues ao titular da pasta.