“A nossa luta é em favor dos guardas municipais e da Guarda Municipal. Não temos qualquer interesse de ordem pessoal ou contra pessoas quando fazemos nossas mobilizações. Somos contrários ao que prejudica a imagem da instituição e destrói a dignidade dos trabalhadores”. Com estas palavras, o diretor do Sindseps, Bruno Carianha falou sobre a determinação dos integrantes da família Azul Marinho para combater a farra dos “super-salários” denunciada na imprensa local.
Uma nova assembleia será realizada na próxima segunda-feira (21), 07h, no portão da Susprev, na Avenida San Martin. A paralisação por tempo indeterminado tem a intenção de exigir o imediato afastamento dos envolvidos nas denúncias que estouraram na imprensa. Salários exorbitantes montados de maneira indevida e que configuram a falta de escrúpulos na alta gestão da Susprev.
A diretoria do Sindseps já tinha feito denúncias e solicitado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) para que instaurasse procedimento investigatório para identificar os possíveis desvios de recursos e uso político das operações especiais, além do favorecimento pessoal de integrantes da alta cúpula. Os novos documentos divulgados pela imprensa serão juntados para que o órgão fiscalizador possa apontar as irregularidades que os indícios demonstram.
Os guardas municipais continuam firmes e a mobilização deve ser reforçada com a participação de mais servidores que repudiam as práticas instauradas na Susprev. “Enquanto o prefeito não se atentar para limpar a imagem da Guarda Civil Municipal, os trabalhadores continuarão exigindo que os denunciados sejam afastados e que até mesmo sejam inocentados após o devido processo legal. Se forem culpados, sejam punidos na forma da lei e devolvendo o que absorveram de maneira indevida. Não descansaremos e se os corruptos acreditam que fecharemos os olhos, estão errados. Queremos esclarecimentos e se existirem desvios de conduta, punição é a solução”, ressalta Carianha.
Nesta sexta-feira (18), a sede da Susprev continua fechada e os guardas municipais com suas atividades paralisadas. Além dos reclames contra os desmandos, a categoria também discutirá valorização na Operação Réveillon e a gratificação do Regime Especial de Trabalho (RET).