O “Sextou da Luta” reuniu salva-vidas e guardas civis municipais na Praça Thomé de Souza, na última sexta-feira (17). O protesto que transformou a manhã no centro da cidade foi motivado mais uma vez pela inércia negocial do prefeito de Salvador em relação às pautas dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público municipal.
Motivados na busca pela imediata implantação do Plano de Cargos na Guarda Civil Municipal de Salvador (GCMS), os colegas integrantes do órgão estiveram mobilizados em uma audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores, no Centro de Cultura da CMS. Na oportunidade, diretores do Sindseps apontaram o posicionamento da entidade quanto ao apresentado durante o evento como sendo a versão oficial do prefeito acerca do tema. “Viemos para reafirmar nossa mobilização em torno do Plano de Cargos e a convocação dos colegas concursados. Aqui na Casa onde se produzem as leis municipais, o nosso sindicato veio lembrar ao Poder Público da necessidade de obediência e fiscalização do cumprimento da Lei 13022/14 em sua totalidade”, declarou diretor Bruno Carianha.
O diretor Marcelo Rocha protagonizou o momento mais emblemático da audiência pública ao questionar ao Legislativo sobre as diretrizes orçamentárias do Poder Executivo aprovadas para o ano seguinte. Apontando que se os recursos não estiverem previstos para o Orçamento 2022 não haverá a devida aplicabilidade dos efeitos do Plano de Cargos para os trabalhadores. “Intriga essa ponderação do prefeito e a intenção da gestão de postergar a implantação do Plano [de Cargos] e a convocação dos concursados sem ao menos prever em suas diretrizes orçamentárias para 2022 que haverá essa responsabilidade dentro do campo de investimentos com pessoal da Prefeitura”, apontou Rocha.
Ao final da audiência pública, uma nova assembleia foi definida pela categoria para o próximo dia 30 de setembro, a partir de 7h, na frente da sede da GCMS, na Avenida San Martin.
Salva-vidas – Demonstrando unidade na ação, os colegas agentes de salvamento aquático mantiveram mobilização firme na frente do prédio da Prefeitura de Salvador. Zelando pela missão sublime de salvar, os salva-vidas questionam a permanência insustentável da atual chefia de busca e salvamento da Salvamar. Além disso, cobram ainda que o prefeito cumpra a responsabilidade de oferecer as condições adequadas para o funcionamento do órgão e as operações nas praias da capital baiana. “Entendemos que não temos as condições mínimas de atuação e o nosso efetivo é insuficiente. Atuamos em total precariedade por incompetência da atual chefia de salvamento e isso não pode continuar acontecendo. Nosso protesto aqui é para que o chamado dos concursado aconteça para diminuir a carência desse efetivo e que o prefeito garanta a sua responsabilidade com as vidas que ele lançou às praias sem que a Salvamar tivesse condições devidas”, declarou o diretor Pedro Barretto.
A próxima assembleia será realizada no dia 21 de setembro, a partir de 09h, na Praça Municipal.