Diretores do Sindseps e demais entidades representativas dos servidores municipais estiveram na manhã de quinta-feira (19), na frente do Edifício Bahia Center para protestar contra a decisão do vereador e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Alexandre Aleluia (DEM) em manter audiência pública sobre a reforma da Previdência Municipal de Salvador. A matéria polêmica tramita na Câmara Municipal e tem sido contestada pelos trabalhadores.
Mesmo com todo o receio das pessoas e restrições decretadas pelo prefeito da capital baiana, o correligionário de ACM Neto prosseguiu com a realização do evento que contou com a participação do líder do governo na Casa, vereador Paulo Magalhães Júnior (PV). Além dele, os vereadores Kiki Bispo, Duda Sanches também marcaram presença no pequeno auditório que abriga cerca de sessenta pessoas. O que está acontecendo em Salvador é algo surreal que as autoridades sanitárias locais, nacionais e até mundiais tem que tomar conhecimento. De um lado, o prefeito toma medidas restritivas e do outro parece fazer vistas grossas para o que tem sido feito para agradar ao intento do Poder Executivo em aprovar a reforma da Previdência Municipal. Soa desumano aproveitar essa situação de declarada emergência para ferir a aposentadoria dos trabalhadores que estão na linha de frente do enfrentamento ao coronavírus”, declarou o coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), Bruno Carianha.
Os servidores reclamam ainda da forma considerada insuficiente na negociação feita pela gestão municipal acerca do projeto. “Reuniões parecem estar sendo feitas de forma a cumprir tabela ou dizer na imprensa que tudo foi negociado à exaustão. Enquanto corremos riscos indo aos locais para proteger a previdência mal gerida ao longo do tempo, o coronavírus nos persegue. Entre idas e vindas em reuniões infrutíferas, os vereadores seguem à risca o que o prefeito quer, mesmo que pra isso, os colegas da Câmara Municipal fiquem expostos à morte”, finalizou Carianha.