A falta de condições de trabalho na Guarda Municipal de Salvador causou mais uma vítima. Desta vez, um guarda municipal foi agredido por marginais, na tarde desta quinta-feira (27), na Estação da Lapa.
Durante o atendimento a uma suposta vítima de assalto, o GM Rangel Korossy foi emboscado por comparsas do acusado pelo roubo. O guarda municipal foi atingido na boca por uma pedrada desferida por um dos integrantes do bando. Socorrido por colegas que chegaram em seu apoio, Korossy foi hospitalizado.
Essa situação vexatória é consequência danosa da diminuição do efetivo da Guarda Municipal naquela estação de transbordo. Pelo menos 300 mil pessoas usam o terminal todos os dias, segundo a Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador). Para atender este número de pessoas seriam necessários, cerca de cinquenta profissionais circulando por toda a área.
A direção do Sindseps denuncia a estrutura precária imposta aos guardas municipais na Estação da Lapa. Segundo o diretor Sérgio Saturnino, as condições insalubres e a falta de equipamentos prejudica o bom andamento dos trabalhos naquele terminal. “Os profissionais lotados aqui não tem água para beber. Nem mesmo arma de condutividade elétrica [teaser] ou spray de pimenta está sendo disponibilizado. A Prefeitura de Salvador diz que os guardas municipais estão armados. Isso é falácia, pois não há armamento nenhum”, afirmou Saturnino.
“Todos os profissionais da Guarda Municipal estão preparados com curso de armamento e tiro, mas por outro lado, as armas não foram adquiridas pelo órgão. Isso deixa o guarda municipal vulnerável e exposto à fúria da marginalidade. Situações como essas serão apontadas em nossa assembleia, na próxima quarta-feira (03). Vamos exigir providências imediatas, pois não aceitaremos que a inércia da gestão da Superintendência continue vitimando nossos colegas. A Guarda Municipal precisa ser resgatada das mãos incapazes. Repudiamos essa situação e outras tantas que acontecem por incapacidade dos gestores da Susprev. Se nada for feito, buscaremos nossos direitos e responsabilizaremos os responsáveis pelos desmandos que estão manchando a imagem da corporação”, concluiu o sindicalista.