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“Reconhecer o papel social dos guardas civis municipais é zelar pela cidade”, por Bruno Carianha

brunoNada mais fundamental para a afirmação de uma sociedade, que reconhecer sua história e preservar sua identidade, a partir de fatos e acontecimentos que ajudem a compreender presente e futuro. O Brasil é um país peculiar e muito do que vivemos e convivemos é fruto do caminhar social ao longo dos séculos. Tivemos vários formatos de governo e enfrentamos lutas que movimentaram a cena política que nos levou ao advento da democracia plural e participativa que temos nos dias atuais.

A história mostra em em 1808, a Família Real Portuguesa trouxe a “Guarda Real de Polícia”. A Regência promulgou em 1831, autorização para que as Províncias criassem seus corpos de Guardas Municipais. A finalidade explícita era manter a tranquilidade pública e auxiliar a Justiça de acordo com os efetivos necessários. Várias denominações apresentavam essas instituições, tais como “Sagrado Batalhão” e “Guerreiros da Pátria”. Uma clara demonstração de respeito aos integrantes dessas forças de segurança em todo o país. A data de 10 de outubro é um dos primeiros marcos de nossa existência.

2014. A Lei 13022 aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela então presidenta Dilma Roussef é um novo marco na história das Guardas Municipais em nosso país. Competências e princípios para nossa atuação estão dispostos no texto legal e isso é a bússola norteadora para que entendamos nossa função social. A clareza com que os legisladores nos apresentam é algo significativo e muito valioso para a cidadania.

Proteger a vida sob qualquer aspecto, garantir direitos humanos fundamentais, patrulhamento preventivo e o mais especial: compromisso com a evolução social da comunidade. Todos essas missões estão em nossas responsabilidades e para isso, somos legítimos integrantes do sistema de segurança pública. Não podemos nos furtar de exercer esse papel em nome dos cidadãos e cidadãs.

A paz social é o objetivo principal de nossas ações e não pouparemos esforços para que essa sensação seja sentida por cada um, cada uma na cidade. Agiremos sempre em conjunto com as esferas administrativas e outras instituições de segurança para garantir que a urbanidade seja mantida. O relacionamento com a sociedade sempre será no espírito fraterno e a nossa postura condizente com o ordenamento jurídico que rege a todos nós. Por mais que existam condutas sociais (ou anti-sociais) que exijam nossa imediata intervenção, sempre estaremos ao lado da justiça e da legalidade, prezando pela integridade das pessoas e dos bens públicos.

Nenhuma tentativa de macular a imagem da Família Azul Marinho será suficiente para diminuir nosso protagonismo na defesa social. Apesar de várias situações embaraçosas que tentam criar para denegrir nossa posição no sistema de segurança pública, nenhuma delas será capaz de apagar nosso brilho e reconhecimento por parte dos cidadãos que confiam em nosso trabalho. Sempre que a sociedade precisa, somos pronto apoio e leal instrumento para restabelecer a ordem e promover a paz.

Na capital baiana, a Guarda Civil Municipal é formada por homens e mulheres que ofertam suas capacidades para defender a vida humana e zelar pela cidadania. Cada gesto de agradecimento vindo da sociedade é prova de que estamos no caminho certo. Nada é capaz de nos tirar da rota prevista para o bom desempenho de nossas missões e certamente que, queremos para isso, contar com a parceria essencial feita com a comunidade. Desconhecer o papel dos guardas municipais é diminuir as possibilidades que o cidadão tem que proteger a sua vida, sua família, seu patrimônio e sua cidade. Por isso, sempre caminharemos em uma trilha de retidão e disposição para enfrentar quaisquer adversidades em nome da pessoa humana em Salvador.

Não adiantarão golpear nossas fileiras, pois cada investida contra a nossa função será em vão e nos fará ainda mais fortes e convictos. Adjetivar pejorativamente o nosso trabalho é ferir a cidadania e um desserviço à cidade. Somos guardas municipais honrados e integramos o serviço público municipal com dignidade. Ostentamos a nossa farda azul em favor dos direitos e seremos sempre fiéis ao que a legalidade prevê, pois assim seremos justos mantenedores da paz em nossa cidade.

Bruno Carianha é guarda civil municipal e está diretor do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador

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Um comentário

  1. Os motoristas das TRACKER que o digam!

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