Um tema recorrente no serviço público municipal tem sido alvo das ações efetivas do nosso sindicato. Esse fenômeno antigo que tem crescido em gravidade, amplitude e banalização do fenômeno e na abordagem ao trabalhador.
A direção do Sindseps está acompanhando o caso da médica Lua Morena, que sofreu retaliações sistemáticas em seu posto de trabalho. Segundo a servidora, por conta de sua atuação em defesa da comunidade do Alto das Pombas, a sua permanência naquela unidade de saúde foi ameaçada.
Os desdobramentos deste caso tiveram ressonância entre os servidores municipais, que resolveram romper o silêncio e procurar a sede do sindicato para denunciar as humilhações e maus-tratos que estão sofrendo em diversos setores da administração municipal.
Na tarde desta quarta-feira (02), dezenas de agentes de copa e cozinha estiveram reunidos com a diretoria do sindicato. Na pauta, a estratégia de combate aos inúmeros casos que estão acontecendo na rede municipal de ensino. Desvio e acúmulo de funções, perseguições, ridicularizações e constrangimentos foram as principais queixas apresentadas.
Para o diretor do Sindseps, Antonio Lacerda, o ato da humilhação repetitiva e de longa duração interfere negativamente na vida do trabalhador e trabalhadora e compromete sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, além de causar graves danos à saúde física e mental do indivíduo.
Várias recomendações foram sugeridas pela direção da entidade, no sentido de proteger o trabalhador da ação do agressor. Para o diretor Everaldo Braga, algumas condutas podem ser utilizadas para inibir a prática do assédio moral. “Resistir pode ser anotar com detalhes toda as humilhações sofridas e possíveis testemunhas do ato. O servidor municipal deve evitar contato com o seu agressor sem acompanhamento de um representante do Sindseps. A principal sugestão é exigir documentos por escrito para qualquer solicitação feita por superior hierárquico”, citou Braga.
A direção do Sindseps disponibiliza serviço de assistência jurídica para os seus filiados, na intenção de combater o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho do serviço público municipal. “Enquanto uma legislação não vier para punir com a demissão, o servidor público que praticar o assédio moral, nossa categoria não estará protegida desses agressores que estão à serviço da malvadeza. O nosso sindicato é a resistência firme neste combate, pois nossa missão é defender o trabalhador”, finalizou Everaldo.