Os trabalhadores e trabalhadoras do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I) Luiz Meira Lessa, no Rio Vermelho, tiveram uma surpresa desagradável ao chegar para desenvolver suas atividades na manhã desta segunda-feira (24).
A constatação de que a unidade de saúde mental infantil tinha sido violada, provocou medo e insegurança nos funcionários. O atendimento foi suspenso, até que os trabalhadores tenham garantias de que estão seguros no local, para continuar suas atividades.
O CAPS Infantil Luiz Meira Lessa oferece cuidados diários ao portador de transtornos mentais por meio de uma equipe multidisciplinar que inclui psicólogo, psiquiatra, enfermeiro, assistente social, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, educador físico, farmacêutico, terapeuta ocupacional, técnico de enfermagem e oficineiros.
Segundo informações preliminares, os criminosos teriam entrado por uma área tomada pelo mato, onde puderam acessar a unidade pela caixa de suporte do ar-condicionado. Ainda não foi possível precisar o prejuízo com o furto praticado.
Para o diretor do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), Everaldo Braga, o pedido de assinatura de ponto, não pode ser aceito, sob pena de prejudicar os trabalhadores do CAPS Infantil e a investigação policial. “Como ter a preocupação apenas de manter a operacionalidade, sem atentar ao fato de que o patrimônio público foi violado, que funcionários e pacientes correm risco, além de não garantir o isolamento da cena de um crime, para a devida perícia legal”, questionou Braga.
O sindicalista também protestou contra a obrigatoriedade do ponto eletrônico, que segundo ele, ainda não foi regulamentado pela Prefeitura de Salvador (clique aqui). “Estamos em negociações para normatizar essa questão do ponto biométrico. A categoria somente começará a utilização do equipamento, quando todos os requisitos estiverem sendo aplicados para garantir a lisura e publicidade das informações individuais. Ainda não há regulamentação, portanto, a exigência cai por terra, junto com a clara intenção de perseguir os trabalhadores”, afirmou Everaldo.
Em contato com a coordenação do distrito Barra/Rio Vermelho, a direção do Sindseps obteve a informação de que providências estão sendo tomadas, no sentido de garantir a segurança dos profissionais do CAPS Infantil Luiz Meira Lessa. As demandas funcionais desta unidade também estão sendo alvo das ações da coordenadoria.
Apesar da afirmação da responsável pelo distrito, o entendimento do Sindseps é de que os trabalhadores e trabalhadoras das unidades de saúde devem ter sua integridade física e profissional mantida. “Necessário se faz que a gestão municipal disponha a segurança devida. Temos uma eficiente tropa de guardas municipais, que é treinada e capacitada para zelar pelo patrimônio e pelas pessoas. Esses guerreiros e guerreiras deveriam estar nas unidades de saúde, na prontidão para cuidar da coisa pública”, conclui Everaldo Braga. (Atualizado às 13h20)