Garantir a segurança dos órgãos municipais, a integridade física das pessoas, além de prevenir a violência. Esta é a missão dos guardas municipais de Salvador. Mas, mesmo com todos os esforços empenhados por esses profissionais, o trabalho deles está cada vez mais difícil e perigoso, já que o crescente aumento da violência na capital baiana tem tornado o dia a dia desses trabalhadores praticamente um pesadelo.
Diversos guardas municipais sofrem atentados durante o desempenho de suas funções nos últimos meses, sendo que um deles perdeu a vida, tragédia que ocorreu no final do mês de outubro. Para proteger esses profissionais, que lidam diretamente com a violência, o Sindicato dos Servidores Municipais da Prefeitura de Salvador (Sindseps) cobrou da gestão municipal medidas efetivas, e não mais paliativas, nesse sentido. Dentre as demandas do sindicato estão a liberação do porte para uso de arma letal e a garantia de curso de capacitação para uso de armas de fogo e de taser (pistola de choque) para todos os guardas.
“Já nos reunimos diversas vezes com a gestão municipal e não aceitamos perder mais colegas para conseguirmos os nossos equipamentos de proteção e a liberação do uso de armas. Eles disseram que vão liberar somente para 70 guardas em janeiro de 2014, sendo que somos mais de 1.200 e todos os dias enfrentamos os perigos de estar nas ruas como autoridades da segurança pública, mas sem qualquer tipo de estrutura. Trabalhamos com amor e dedicação, mas estamos cansados da falta de respeito e de zelo com a nossa categoria”, afirmou o guarda municipal e diretor do Sindseps, Bruno Carianha. Segundo ele, quem trabalha no operacional não conta com lugares apropriados para guardarem seus pertences, fazerem suas necessidades e muito menos beber água.
Para o diretor, os guardas estão vulneráveis e precisam de equipamentos para garantir a sua própria segurança. “Se não temos como garantir a nossa própria segurança, como conseguiremos garanti-la às pessoas e ao patrimônio público? Além disso, exigimos da gestão municipal a desativação dos postos em áreas de risco; o deslocamento dos guardas municipais desses postos para outros onde o efetivo está reduzido; garantir que nos cursos de taser e porte de arma os guardas do Patrulhamento Ostensivo (P.O.), operacional e patrimonial sejam prioridade; afiançar aquisição das pistolas para uso em serviço pela instituição”, acrescentou Carianha.
Imagem: Reprodução