Os agentes comunitários de saúde (ACSs) e de combate às endemias (ACEs) irão paralisar amanhã (12) suas atividades por 24h. Além da paralisação, também nesta terça-feira, a categoria organizou uma manifestação no Largo do Campo Grande, a partir das 9h. Os protestos são pela demora na votação e aprovação na Câmara dos Deputados do piso nacional desses trabalhadores.
“No dia 23 de outubro haveria a votação, mas a bancada do governo não quis votar. Nós estamos lutando para tentar fazer com que a presidente Dilma Rousseff e os parlamentares se conscientizem com a causa e que amanhã (12) a presidente deixe que a bancada governista aprove o Projeto de Lei 7495/06, porque se o governo tem dinheiro para ajudar o Paraguai e o Programa Mais Médicos, também tem que ter para dar nosso piso nacional”, destacou o presidente da Associação dos Agentes Comunitários e de Endemias de Salvador (AACES), Enádio Pinto. Atualmente, o piso da categoria é de R$ 592. Com a aprovação do projeto de lei, esse valor passaria para R$ 950.
No dia 01 de novembro, durante a inauguração da Via Expressa, em Salvador, agentes comunitários de saúde e de combate às endemias dos municípios de Dias D´Ávila, Candeias, Vera Cruz, Camaçari e da capital baiana, protestaram a fim de chamar a atenção e pedir o compromisso da presidente Dilma Rousseff para a votação e aprovação do piso nacional da categoria.
Com o apoio do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), da AACES e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Seção Bahia (CTB-BA), os agentes fizeram uma passeata até um dos acessos da Via Expressa onde ocorria a cerimônia de inauguração da obra. Eles fecharam uma parte da via e a polícia negociou a passagem de carros. Mesmo com o clima inicialmente tenso, não houve tumulto. Segundo o presidente da AACES, depois de muita negociação, uma comitiva composta por quatro representantes da categoria foi liberada para entrar no evento e pôde entregar um documento a representantes da Presidência da República, o qual pedia o compromisso da presidente Dilma em deixar a bancada governista apreciar o piso nacional.