Após as duas últimas assembleias gerais e as consequentes rejeições para a proposta de reajuste salarial em 4%, os servidores municipais reclamam o ineditismo protagonizado pela Prefeitura de Salvador em enviar a Mensagem do Executivo para aprovação em regime de urgência na Câmara de Vereadores. O Projeto de Lei 131/23 foi apreciado e aprovado na tarde de hoje (05) sem qualquer acordo com a categoria.
Para o Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), a medida tomada pelo prefeito Bruno Reis (UB) rompe unilateralmente com uma tradição respeitosa em relação à categoria. Para o coordenador geral da entidade, Helivaldo Alcântara, essa afronta poderia ter sido evitada com ampliação do diálogo e sem imposições. “Todos os anos trazemos o acordo final para apreciação dos colegas em assembleia. Reprovando ou aprovando a proposta, a entidade notifica à Prefeitura por meio de ata. De forma inédita, o prefeito Bruno Reis evitou o diálogo com os trabalhadores da Prefeitura e preferiu resolver a situação de outra categoria profissional com medo de desgastes à sua imagem. Enviar o projeto de lei para Câmara sem acordo foi algo surreal, inédito e desrespeitoso”, disse Alcântara.
Próximos passos – Os servidores municipais prometem manter a mobilização na expectativa de que o prefeito reveja a medida unilateral e reabra a negociação. “Vamos continuar com as assembleias e não vamos parar de lutar na crença de que a negociação pode avançar em propostas. Não fazemos uma guerra política como dizem erroneamente em algumas ‘colunas sociais’. Nós também repudiamos a forma com que as negociações foram conduzidas com os servidores estaduais, mas representamos os servidores municipais de Salvador e não nos cabe a decisão dos colegas estaduais, mesmo que tenha influenciado na postura do prefeito. Poderia alinhar-se logo com o governador já que copia tudo que ele faz e abandonar o seu líder”, sugeriu o sindicalista.