Resposta do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador à nota enviada pela Prefeitura de Salvador sobre episódio na Sempre
Diferente do trecho de imagens divulgados com a clara intenção de depreciar a ação sindical e tentar imputar injustas acusações, como tem sido prática recorrente da atual gestão da Secretaria Municipal de Promoção Social (Sempre), a diretoria do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) repudia o uso de fragmentos de um vídeo como forma de macular a imagem de uma entidade respeitada e seus dirigentes.
Durante assembleia setorial na porta daquele órgão, no bairro do Comércio, psicólogos/as e assistentes sociais protestavam contra as práticas de assédio moral que acontecem com esses profissionais, quando alguns funcionários terceirizados e outros comissionados tentavam a todo momento romper o protesto. Em clara afronta ao trabalho sindical, essas pessoas afirmavam que não respeitariam as presenças dos trabalhadores e sindicalistas. Apesar da outra entrada ao público do prédio sem qualquer obstáculo, insistiam em passar pelo local do protesto. Uma mulher não identificada adentrou ao elevador de forma abrupta e ao ser contida iniciou ofensas verbais e agressões físicas contra todos os manifestantes e em direção de Juliete Barreto, mobilizadora do Movimento PSI e que atua como psicóloga, expulsando-a do equipamento de forma agressiva. Ao ver a injusta agressão à sua cônjuge, o esposo da mesma que observava o protesto, tentou protegê-la e como não tinha sido identificado foi contido pelos sindicalistas para não ampliar a confusão.
Nas imagens obtidas pelo Sindseps, vê-se uma mulher empurrando a psicóloga Juliete Barreto para expulsá-la do elevador da Secretaria onde a mesma é lotada. No início da gravação, um diretor do sindicato, Pedro Barreto está com suas mãos ao alto em clara manifestação de tranquilidade mesmo sendo agredido pela mulher que se dizia “funcionária” da Sempre. Logo após, o sindicalista que atua como salva-vidas foi retirado e as agressões foram desferidas contra a psicóloga Juliete Barreto que foi empurrada para fora do elevador de forma agressiva e de forma corajosa, retornou e seguiu o deslocamento dentro do equipamento com a agressora. Em seu retorno, muito abalada, a mesma declarou à sub-secretária da Sempre que não reunião condições psicológicas de interagir no diálogo aberto com a gestão após ter sido ofendida e agredida por uma outra mulher sem que pudesse se defender ou ser defendida por seu marido e colegas.
Estiveram presentes no ato, a deputada Olivia Santana e o vereador e líder da oposição na Câmara Municipal, Augusto Vasconcelos.
A psicóloga Juliete Barreto seguiu para prestar queixa em uma delegacia onde apontará as injustas agressões sofridas. Em depoimento ao final da assembleia, a psicóloga tranquilizou os familiares e colegas em um vídeo feito ainda na assembleia.
Ainda nas imagens nota-se a presença de prepostos da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar que estavam no local. “Se algum dos sindicalistas ou servidores que lá protestavam estivessem agredindo quem quer que seja, esses prepostos agiriam em defesa de quem estivesse reclamando agressão. Essas pessoas vieram de maneira orquestrada criar conflitos e não aceitaríamos isso de forma complacente. O ardil de colocar mulheres nessa situação depõe totalmente contra a gestão. Uma servidora municipal foi sim, agredida e ela estava conosco protestando contra o assédio moral que é recorrente na Sempre. Virou prática institucional investir contra esses colegas da Psicologia e da Assistência Social”, disse o diretor do Sindseps, Bruno Carianha.
Ainda sobre o episódio, o sindicalista afirma: “Nunca cometeria agressão a qualquer pessoa e até mesmo, nem revidei às agressões que sofri de uma pessoa que estava a todo momento provocando com ofensas e que ainda torceu meu braço. Procurei tirar as pessoas de perto e fui testemunha de como a colega Juliete Barreto foi tratada, agredida e humilhada por outra mulher sem qualquer indício de sororidade”, alegou Carianha.
Reunião – Com os âniimos serenados, a gestora do órgão recebeu uma comissão de servidores junto com o sindicato e uma próxima reunião ficou acertada junto com a Secretaria Municipal de Gestão. “Nós viemos aqui para protestar junto com os colegas servidores contra o assédio moral e em busca da carga horária legal de trinta horas da categoria. Chega a ser risível dizer que agredimos nossos colegas que estavam conosco em protesto. Se tivesse havido agressão, a subsecretária não nos atenderia de forma diligente ainda na manhã”, finalizou Carianha.