A quinta-feira (07) será de protestos dos trabalhadores da Prefeitura de Salvador que reclamam a falta de cumprimento de acordos e legislações por parte do prefeito da capital baiana. Questionando a inércia negocial e o descaso protagonizados pelo chefe do Executivo municipal, os servidores públicos apontam a falta de condições de trabalho como principal item da pauta de reivindicações da categoria.
Os trabalhadores realizarão assembleia geral e pretendem alinhar estratégias de mobilização para cobrar a responsabilidade do prefeito Bruno Reis em cumprir os dispostos nas diversas legislações inerentes ao serviço público municipal. Segundo o coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Helivaldo Alcântara, o gestor tem fugido diante das exigências das leis que correspondem ao trabalho na administração. “Podemos listar o descumprimento da Lei 13022/14 que é o Estatuto Geral das Guardas Municipais, a Lei federal do Piso Salarial dos agentes de saúde, as leis municipais 7867 aprovada em 2010 e a [Lei] 8629 de 2014. Lembramos também que os profissionais que atuam na saúde estão sem tirar folgas ou férias desde o início da pandemia e os aposentados sofrendo com cortes salariais. As condições de trabalho são precárias e estamos literalmente bancando o atendimento ao cidadão nos diversos serviços que fazemos”, afirmou Alcântara.
Outras situações são apontadas como motivantes do protesto que deve tomar as ruas do centro da cidade na manhã desta quinta-feira. O diretor do Sindseps alega que a falta de água para consumo e higiene são situações recorrentes nas unidades de saúde, além da falta de segurança nesses postos de trabalho. “Nas últimas semanas tivemos que seguir em apoio e solidariedade aos colegas em vários postos de saúde. Falta água para higiene em um momento onde lavar as mãos é uma das alternativas para não morrer. Falta segurança mínima para trabalhar salvando vidas e colegas estão sendo vítimas de assaltos, agressões e ameaças. Apontamos também que nas praias, os agentes de salvamento aquático estão sofrendo em condições insalubres e efetivo insuficiente. Situações como essas seriam diminuídas com a convocação de concursados da Guarda Civil Municipal e da Salvamar, mas o prefeito segue perdido como se estivesse sem condições de assumir suas responsabilidades e acusando a pandemia pela falta de capacidade técnica de agir”, disparou o sindicalista.
A assembleia geral acontecerá nesta quinta-feira (07), a partir de 09h, na quadra de esportes do Ginásio dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos.