Diálogo com a classe trabalhadora e parceria com a comunidade. Essa foi a receita de mais um dia de trabalho para a diretoria do Sindseps. A assembleia setorial na USF Garcia movimentou a manhã da sexta-feira (10) e reuniu profissionais e usuários daquela unidade de saúde.
Os diretores Everaldo Braga, Leo Lordello e Bruno Carianha acompanharam a diretora Lília Cordeiro em mais uma mobilização protagonizada pelos colegas com a parceria sempre leal do Sindseps. Na pauta, a insegurança que vitima diariamente os profissionais com ameaças e agressões feitas durante o expediente de trabalho. Além disso, o desrespeito e a LGBTFQIAfobia também foram tratados de forma aberta e direta ao microfone.
“Não podemos admitir que os colegas sejam ameaçados, agredidos ou violentados em suas jornadas de trabalho. Quem atua na saúde pública faz a defesa da vida em todo momento e não pode sofrer ataques que ponham suas vidas em risco. Ninguém merece ser vítima de qualquer tipo de agressão, muito menos, profissionais em seus locais de trabalho. Viemos mais uma vez aqui no Garcia para ofertar nosso apoio aos colegas e dialogar com a comunidade para que proteja esses trabalhadores que atuam para cuidá-los com tanto carinho”, disse a diretora Lília Cordeiro.
Ação comunitária – O diretor Everaldo Braga conclamou os moradores do Garcia para participarem de um esforço coletivo em defesa e proteção dos profissionais da USF Garcia. Na opinião dele, esse diálogo social permitirá melhorias contínuas que serão percebidas pela comunidade. “Peço aos mobilizadores sociais e culturais do Garcia que estejam conosco para lutarmos por melhores condições de trabalho para estes profissionais. Temos buscado isso junto à gestão municipal na expectativa de que esse cenário favorável seja revertido em mais atendimentos para os moradores com ainda mais estrutura e ofertas de serviços”, pontuou Braga.
Resultados – A questão da segurança e da violência que resulta em agressões aos colegas foi tratada em reunião com a alta gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na quinta-feira (09). Segundo o diretor do Sindseps, Bruno Carianha, a entidade tem constantemente pedido condições favoráveis para que os profissionais possam trabalhar. “Sugerimos presença de efetivo da Guarda Civil Municipal e videomonitoramento para que essas condutas sejam inibidas e se ocorram, sejam registradas para a tomada de providências na forma da Lei. Diante desse nosso apontamento, conseguimos um compromisso da gestão da Secretaria [Saúde] para a implantação de câmeras e a unidade aqui do Garcia será uma das primeiras a terem esse aparato tecnológico. Por outro lado, continuamos lutando pela convocação dos guardas civis municipais concursados para preencherem essa lacuna importante nas unidades de saúde”, sinalizou Carianha.
LGBTQIA+ – Durante o encontro na USF Garcia, o diretor Bruno Carianha exaltou a mobilização feita pelos colegas ao lado do Sindseps e reforçou a necessidade de respeito aos profissionais. “Essa é uma unidade amiga da comunidade e que os profissionais compreendem todas as nuances sociais. A comunidade LGBTQIA+ é bem vinda e acolhida com afeto. A comunidade negra é recebida e tratada com todo carinho, enfim, o preconceito aqui não faz morada. Da mesma forma, exigimos respeito aos colegas, independentemente de sua cor de pele, profissão, orientação sexual, identidade de gênero ou qualquer outro aspecto humano. Temos que construir um diálogo fortalecedor das relações sociais e nosso sindicato está na vanguarda deste debate com atitude e prática”, finalizou Carianha.