As diversas ocorrências de furtos, roubos e assaltos nas unidades de saúde da capital baiana tem causado medo e pânico nos trabalhadores desses locais. Além dos prejuízos materiais, a vulnerabilidade tem causado danos psicológicos aos servidores.
A falta de notificação aos órgãos policiais por parte da gestão municipal e o receio dos servidores em denunciar criminosos por terem que permanecer trabalhando no mesmo local aumentam mais ainda a sensação de insegurança diária. A falta de investigação, perícia e responsabilização passam a sensação de impunidade que faz com que os casos sejam constantes.
Unidades de saúde como a USF Pernambués, USF Mata Escura e USF Estrada das Barreiras são locais onde as ocorrências se repetem com prejuízos materiais. Recentemente, o prédio que abriga a sede do Distrito Sanitário do Centro Histórico foi alvo dos bandidos que deixaram um rastro desolador de desfalques e destruição.
As violências se repetem com as agressões e assaltos ao longo do dia. Pacientes e profissionais são vítimas dos bandidos com perdas materiais consideráveis e riscos às suas integridades físicas. Recentemente no 19° Centro de Saúde – Pelourinho, os trabalhadores se mobilizaram para cobrar segurança para prestação dos serviços diante dos casos violentos.
Para o coordenador geral do Sindseps, Everaldo Braga, falta investimentos em monitoramento e segurança eletrônica, além de uma estratégia eficiente de proteção, controle de acesso e presença ostensiva de forças de segurança nas unidades de saúde. “Deveria haver imediata ação da gestão municipal para garantir segurança nas unidades de saúde, desde o controle de acesso ao monitoramento eletrônico. Reforçar o efetivo da Guarda Civil Municipal com os concursados que aguardam chamado seria interessante para dispor esse contigente para os postos. Além disso, sugerimos uma eficaz estratégica envolvendo os entes da segurança urbana para minimizar os casos recorrentes”, avalia Braga.
Outro aspecto fundamental apontado pelo sindicalista é a salvaguarda das vidas dos servidores e dos insumos importantes para o momento social. “Estamos em pandemia e os trabalhadores da saúde estão vulneráveis demais. Somos responsáveis pelo trabalho mais sensível neste momento e estamos sendo violentados das diversas formas. Somos agredidos, assaltados e até mesmo, sequestrados como aconteceu com uma colega recentemente na região de Castelo Branco. As unidades de Valéria e Palestina vivem sob a linha de fogo. Temos vacinas, medicamentos, curativos e outros insumos importantes e que são para atender à população. Tudo é prejuízo psicológico, material e financeiro para o cidadão, para o servidor e para a cidade”, finalizou Braga