Mesmo diante de todas as tentativas da diretoria do Sindseps, a gestão municipal permanece irredutível em apresentar qualquer proposta de reajuste para os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público em Salvador. As diversas intervenções feitas pelos nossos diretores não estão sendo consideradas pela Prefeitura que mantém a inércia negocial que tem causado prejuízos aos colegas.
Foram mais de quinze assembleias gerais, além de setoriais, encontros, reuniões e eventos realizados na mobilização da Campanha Salarial 2019. A expectativa sempre seguia na direção de avaliar uma possível proposta de reajuste salarial feita pelo prefeito. Diferente do esperado, sempre somos surpreendidos com alegações de impossibilidades de cumprir a responsabilidade na Mesa de Negociação.
Na última quarta-feira (25), os colegas estiveram na frente da Semge, durante toda uma manhã chuvosa para aguardar o desfecho de uma reunião que novamente fora desmarcada pela representação do prefeito e frustrou as esperanças naquele dia. Com a insistência da diretoria do Sindseps, no sentido de obter respostas, novamente, fomos surpreendidos com mais uma técnica arrojada de negociação que visa minar o equilíbrio negocial do oponente.
Conhecedores da nova realidade do mundo dos negócios, onde executivos e gestores aperfeiçoam técnicas de negociação frias e calculadas, a diretoria do Sindseps aumenta a sua mobilização no âmbito da categoria e convoca trabalhadores e trabalhadoras para demonstrarem posicionamento firme diante da postura insuficiente da Prefeitura e do prefeito da capital baiana.
A próxima assembleia geral acontecerá no dia 1º de outubro, a partir das 08h, na frente da Semge (Av. Vale dos Barris), com paralisação de 24 horas e na oportunidade será avaliado um indicativo de greve no serviço público municipal de Salvador. “O prefeito tem sido blindado por todo tempo por essa estratégia de diluição de forças promovida pelo seu staff. Uma fragmentação das representações foi tecida desde o início e isso somente beneficiou quem não teria condições de enfrentar a coletividade. Isso agora acabou e quem não estiver na mesma trincheira não quer vencer essa batalha por direitos, valorização, dignidade e respeito pela própria história individual ou coletiva”, disparou o diretor do Sindseps, Bruno Carianha.
“O prefeito e seu time dividiram as negociações, setorizando as reuniões e isso apenas foi uma estratégia de quem não tem esforços para negociar diretamente com todos de maneira uniforme. Sentiram por várias vezes, a capacidade de enfrentamento feita pela nossa categoria unida e de maneira coesa. Reafirmo que temos que reagrupar de forma a garantir eficácia nas negociações”, concluiu Carianha.