Um risco iminente de desabamento. Uma situação que apavora usuários, trabalhadores e vizinhos da USF Plataforma, na Rua Formosa do São João do Cabrito, Subúrbio Ferroviário de Salvador. O terreno atrás da unidade sofreu as consequências das chuvas que caem na capital baiana e a estrutura física do imóvel foi comprometida. Rachaduras nas paredes e fuga da materiais no solo apontam o perigo de uma tragédia anunciada.
As imagens impressionam e as medidas paliativas não atendem à segurança necessária para funcionamento daquela USF. A diretoria do Sindseps foi informada da situação e de imediato fez a devida notificação à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ainda na manhã desta sexta-feira (26). O diretor Bruno Carianha comentou sobre a situação denunciada por moradores da vizinhança e trabalhadores da unidade. “Tão logo soubemos, buscamos contato com os colegas de lá [USF Plataforma] para saber das condições e riscos à integridades deles e dos pacientes. As fotos mostram riscos estruturais que devem ser sanados de maneira integral. Paliativos como lonas não correspondem ao tratamento ideal a ser dado na contenção da encosta e garantia estrutural do imóvel”, disse Carianha.
E continua: “Essa unidade tem menos de um ano de inaugurada. Foi em 13 de setembro do ano passado [2018] e seus problemas foram apontados desde o início e a política de lonas plásticas foi a única medida tomada. O plástico da lona acaba deteriorando e em suas dobras causadas pela ação do tempo, o acúmulo de água serve como criatório da dengue em uma unidade de saúde. Nós vamos percorrer outras unidades no Subúrbio, cobrar da Secretaria de Saúde que notifique a empresa responsável pela obra e se a mesma tiver construído outras unidades que seja feito um diagnóstico técnico das estruturas das mesmas por parte da Defesa Civil”, apontou o sindicalista
Demonstrando preocupação com a segurança dos colegas, o diretor do Sindseps e presidente do Conselho Municipal de Saúde de Salvador (CMSSSA), Everaldo Braga também comentou a situação na USF Plataforma. “Não aceitaremos remendos que escondam a verdadeira situação estrutural que está desagregada do solo e cheias de rachaduras. Não há como garantir que um serviço rápido seja suficiente para recuperar o imóvel. O Conselho de Saúde vai acompanhar essa situação de perto e cobrará respostas sobre a construção das unidades de saúde e suas manutenções prediais”, disse Braga.
Com recursos na ordem de R$ 790 mil para construção da unidade, o terreno onde foi instalada foi doado pela construtora Tenda que ficaria responsável por parte da encosta e a recomposição asfáltica da rua.
O sindseps vai notificar a Defesa Civil, ou CREA, para avaliar o risco ?