Uma jornada de lutas que reedita grandes momentos da nossa categoria na capital federal. Onde a democracia ainda respira por aparelhos, diretores de nosso sindicato estão lutando por valorização. Na sede da República, onde o golpe ainda está estabelecido, nossos representantes buscam estabelecer os caminhos que nos levarão à dignidade.
Os agentes de saúde Edna Maria, Rogério Dantas e Paulo Cerqueira estão representando as bandeiras de lutas coletivas e fazendo a ação firme com a marca forte do nosso sindicato em Brasília. Cada gabinete visitado ou parlamentar abordado nos corredores do Congresso Nacional ouvem os nossos argumentos em defesa da PEC 22 [Proposta de Emenda à Constituição]. As visitas feitas junto com outros sindicalistas e lideranças baianas da categoria também reforçam a nossa atuação.
A receptividade dos parlamentares baianos – principalmente da bancada de apoio ao governador Rui Costa – tem sido fundamental para sensibilizar outros deputados a votarem em favor da PEC 22. O texto com parecer aprovado na aponta de maneira clara sobre a responsabilidade financeira da União, co-responsável pelo SUS [Sistema Único de Saúde], na política remuneratória e na valorização dos profissionais que exercem atividades de agente comunitário de saúde e de agente de combate às endemias. Além disso, exige que os municípios assumam seus papéis constitucionais no devido pagamento e valorização salarial da categoria.
Para a diretora Edna Maria, essa ida à Brasília retoma a história vencedora da categoria. Segundo a sindicalista, a estratégia de cobrar dos parlamentares para que existam novas legislações aumenta a capacidade de enfrentamento em Salvador. “Temos lutando para que possamos ter mais instrumentos legais para exigir do prefeito [de Salvador] que assuma sua responsabilidade perante a categoria. A alegação de que não há participação da União cairá por terra após a aprovação da PEC 22. Desde 2011, essa batalha tem sido travada e voltamos aos corredores do Congresso Nacional para levar mais essa conquista para nossa capital e também para o interior baiano. A Lei será usada para enfrentar esse descaso. Buscaremos a Justiça, voltaremos à Brasília e onde quer que seja necessário para conseguir a nossa valorização negada por gestores insensíveis e golpistas”, declarou Edna.
Opinião semelhante é compartilhada pelo diretor Rogério Dantas, que acrescentou a necessidade de mobilização constante dos agentes de saúde. “Estamos aqui em Brasília para representar o anseio coletivo da categoria. Trouxemos a intenção dos nossos colegas na aprovação da PEC 22 e pela revogação da malfada PNAB [Política Nacional de Atenção Básica]. O PL [Projeto de Lei] 6437/16 também é uma pauta que estamos pressionando porque traz modificações sobre as atribuições das profissões do agente comunitário de saúde e do agente de combate às endemias. Tudo que for feito aqui só terá repercussão com a mobilização em Salvador. O nosso sindicato vai continuar mobilizando os servidores e esse chamamento deve ser atendido para que sejamos eficazes em nossos objetivos na luta”, afirmou Dantas.
O diretor Paulo Cerqueira se mostrou entusiasmado com a receptividade dos parlamentares e falou sobre a estratégia feita na capital federal em torno das pautas dos agentes de saúde. “Foram dias de intensa ação no Congresso e cada abordagem era um momento de falar por todos os nossos colegas que estão pelas ruas da cidade. Fazer com que cada deputada entendesse a necessidade social do trabalho dos agentes de saúde e assim, tivesse a sensibilidade de compreender que a valorização é devida. A PEC 22 tramita desde 2011 na Casa com parecer favorável ao plenário e exigimos que não tenha mais adiamento para sua votação. Fomos ouvidos e de forma bem firme, pudemos nos fazer entender. Ressaltamos que a mobilização na capital e no interior vai continuar e não cessaremos nossa voz para conseguir nossos objetivos. O Sindseps trouxe a luta feita em Salvador para Brasília e retornará com ainda mais força para o enfrentamento diário que fazemos pela valorização dos agentes de saúde”, pontou Cerqueira.