Segregação social é uma atitude arbitrária que pressupõe tentativa de isolamento de indivíduo ou grupo. Essa ação discriminatória não condiz com o Estado de Direito. Dentro da administração pública, este comportamento inadequado causa prejuízo para o serviço e a boa convivência entre os trabalhadores.
Separar pessoas não parece uma conduta inerente a organizações associativas. A premissa de reunir pessoas que tenham o mesmo propósito cai por terra, quando existe uma pregação de diferenciar trabalhadores que laboram juntos.
Essa situação vexatória tem acontecido na Superintendência de Trânsito e Transportes de Salvador (Transalvador). A recente e propagada distribuição dos novos fardamentos tem sido a ferramenta da segregação que a direção do Sindseps repudia com veemência.
Os itens da nova roupagem dos trabalhadores e trabalhadoras da Transalvador estão sendo distribuídos de forma a excluir parte dos servidores – notadamente os prestadores de serviços – de receberem este material. Essa prática tem sido fomentada principalmente por aqueles que dizem representar os servidores no órgão.
Ao comentar essa situação, o diretor do Sindseps, Helivaldo “Alemão” foi enfático. Para o dirigente, essa prática de isolamento não condiz com a história da associação que representa os trabalhadores na Transalvador. “Vivemos anos de intensas lutas neste órgão. Aqui a defesa dos servidores municipais tinha seu porto seguro, pois pregávamos a unidade. Repudiamos essa tentativa covarde de isolamento desses companheiros e companheiras. Não aceitaremos que sejam separados como se fossem um sub-grupo ou ‘estranhos no ninho’. Fico espantando com a mudança de comportamento e ação da entidade que outrora tinha destaque pela competência com que cumpria seu papel de proteger a coletividade”, declarou Alemão.
“Não lutávamos contra nós mesmos. Tínhamos uma associação conhecida pela garra e pela determinação. Poderia haver divergências no campo das ideias, mas havia um sentimento de fraternidade. Sempre fomos uma família. Lamentável ver que atualmente exista pseudo-lideranças que estimulem e exijam segregação dentro do corpo de trabalhadores da Transalvador. Essas pessoas ferem a democracia e desrespeitam o seu semelhante”, concluiu.
A marca forte do Sindseps continua atuando em defesa dos servidores da Transalvador. Esta ação sindical transparente tem rendido frutos. O reconhecimento da categoria tem sido com dezenas de novas filiações que ocorreram na última semana. “Estamos ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras e essa parceria está ficando muito mais firme. Este entendimento de que o nosso sindicato que proteger avanços e buscar mais conquistas tem se fixado aqui. Não queremos nos envolver em questões particulares ou interesses políticos, queremos é defender nossos colegas da opressão e até mesmo daqueles que não respeitam nossa história neste órgão”, disse a diretora Edleusa Sousa.